A inclusão escolar é um tema extremamente relevante para a educação brasileira e tem avançado cada vez mais.
Segundo o Censo Escolar de 2024 do MEC, houve um aumento significativo de 17,2%, em relação a 2023, nas matrículas de alunos público-alvo da educação especial em escolas regulares: agora são 2,1 milhões de educandos nessa modalidade de ensino.
Para além dos números, a pergunta que fica é: como garantimos que cada criança não apenas integre as escolas, mas realmente pertença, interaja e se desenvolva plenamente?
Um dos segredos para essa transformação está no simples, mas profundo ato, de brincar.
Este artigo ressalta a enorme importância do brincar para alunos de inclusão escolar, desvenda os objetivos das brincadeiras inclusivas e demonstra como um playground pode ser uma ferramenta diferenciada para a inclusão na escola.
Na educação inclusiva, o brincar assume um papel central e insubstituível: para crianças com deficiência ou outras necessidades específicas, o ato de brincar é motor para o desenvolvimento integral.
A brincadeira, como já falamos aqui, estimula habilidades motoras, como coordenação e equilíbrio, de forma natural e prazerosa; e, no aspecto cognitivo, a concentração, a memória e a resolução de problemas.
Socialmente, o brincar é um campo fértil para aprender a interagir, compartilhar e entender regras sociais, além de praticar a empatia através da ludicidade.
Aliás, esse é outro ponto importante da brincadeira: o lado emocional da criança se desenvolve devido à expressão dos sentimentos, o alívio das tensões e a construção da autoestima proporcionados pela interação social nas brincadeiras, isso quando bem intermediadas por um professor ou professora.
Isso significa que a inclusão na escola se beneficia imensamente quando o brincar é valorizado como estratégia pedagógica fundamental, pois ele quebra barreiras e aproxima todas as crianças.
O principal objetivo das brincadeiras inclusivas é promover a interação social entre todas as crianças, garantindo que todas participem juntas e ativamente das brincadeiras, em um ambiente de união.
Para isso, as atividades são planejadas para minimizar barreiras físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, e adaptar o ambiente e as regras a todas as crianças, ao mesmo tempo que garantem uma estimulação do desenvolvimento.
O convívio diário e as brincadeiras inclusivas estimulam esse aprendizado e ensinam o respeito e a valorização das diferenças de forma natural e genuína, no ritmo de cada criança.
O pega-pega sensorial é um exemplo de brincadeira inclusiva para crianças autistas ou com Síndrome de Down, com uma criança vendada e usando os sons emitidos pelas outras para encontrar os colegas.
Os playgrounds, no geral, permitem que mesmo crianças com mobilidade reduzida ou com alguma deficiência intelectual como autismo ou Síndrome de Down, por exemplo, brinquem lado a lado com os colegas.
Com isso, a escola tem um ambiente lúdico ao ar livre que favorece a interação espontânea entre elas e o playground se torna um espaço para o desenvolvimento de habilidades sociais.
Para escolas, investir em um playground é investir em um espaço que materializa os valores da educação inclusiva, promovendo ativamente a socialização e o desenvolvimento integral de cada aluno. Ele se torna um símbolo visível do compromisso da escola com a diversidade.
O brincar é uma atividade indispensável na educação inclusiva, é um pilar essencial para uma inclusão escolar autêntica e significativa no Brasil, pois possibilita que as crianças com e sem deficiência se adaptem ao contexto escolar, superem suas resistências e cria um ambiente estimulante para o desenvolvimento pleno delas.
Saiba mais sobre playgrounds para escola neste artigo da Play Rio!